
há chouriço na malga,vinho novo no caneco. gosto da tua terra como se fosse a minha. -pai!, o cheiro dos teus casacos e eu tenho os teus olhos para sempre nos meus.vem ver-me crescida, pai, a saber tudo aquilo que me ensinaste. eu tenho os olhos bonitos e estou perdida de saudades tuas.
concertina abafada, a noite cai na terra, ladra um cão, cheira a fumeiro, cheira a terra, pai!
encontro-te dia-a-dia nas coisas porque vejo igual a ti.
nunca cheguei a dizer-to porque nunca tinha perdido ninguém. queria dizer-to mas não sabia que era para sempre.
-pai!, queres ouvir agora?
(cont.)
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