Saturday, January 27, 2007

para ti.


morrer de amor ao pé da tua boca
desfalecer à pele do sorriso
sufocar de prazer com o teu corpo
trocar tudo por ti se for preciso

m.t.horta

sim + sim em fevereiro

3 dias antes do referendo, o amigo jorge publica + um.

Wednesday, January 24, 2007

vontade de ser espanhol

"uma máquina que transformasse portugueses em espanhóis, impecável, infalível, perfeita, eles entrando por um lado pálidos e mirrados, saindo do outro corados, estendidos de narizes proeminentes e orgulho. uma máquina que fosse tão esperta que,no momento de decidir cada coisa, preterisse sempre portugal e trouxesse ao de cima o esplendor do país vizinho. era pegar nessa máquina, saber quem a inventou e fazer-lhe amor pelo cu até que desfalecesse extenuado.enviar relatório detalhado para todo o mundo, alardiar a satisfação de quem, nem que seja por casmurrice,espera por sebastião."

amanhã, às 22h00,
no teatro do campo alegre.

Sunday, January 14, 2007

As palavras dançam nos olhos das pessoas conforme o palco dos olhos de cada um.
Almada Negreiros





LUZ DE LUNA, chavela vargas

Yo quiero luz de luna
Para mi noche triste
Para soñar divina
La ilusión que me trajiste
Para sentirte mía, mía tú
Como ninguna
Pues desde que te fuiste
No he tenido luz de luna
Pues desde que te fuiste
No he tenido luz de luna
Si ya no vuelves nunca
Provincianita mía
A mi senda querida
Que está triste y está fría
En vez de en mi almohada
Lloraré sobre mi tumba
Pues desde que te fuiste
No he tenido luz de luna
Pues desde que te fuiste
No he tenido luz de luna
Yo siento tus amarras
Como garfios, como garras
Que me ahogan en la playa
De la farra y el dolor
Y siento tus cadenas a rastras
En mi noche callada
Que sea plenilunada
Y azul como ninguna
Pues desde que te fuiste
No he tenido luz de luna
Pues desde que te fuiste
No he tenido
luz de luna.

Tuesday, January 09, 2007

edição apreendida pela PIDE



A oriente sou toda lira
exacta dérmica solar
biografo-me a desenho à pena
com a tinta da estrela polar.

À maternidade da pedra
restituo a casa a levante
e o teu sorriso é navegável
sem rápidos de ciúme e sangue.

Por esse lado tive infância
e derreto a neve das fotografias
destapando o quebra-luz
de uma tépida estampa de tias.

A meu oriente de polido mogno
meu verso tem cadeiras e o habito
com amigos e respiram os móveis
um sossego de folhas de eucalipto.

A sul se eriçam as crinas
se ateiam os cascos do meu verso esquino
druídica me visto de visco lunar
matéria friável de cânhamo e vinho

essa a minha álea de longifólias
acácias à velocidade do crime
por ela em teu coro linha de comboio
me deito à espera que o amor se aproxime

esse o meu jusante de minério e tirso
esse o meu amigo o que não conheço
essa a minha casa a que não habito
minha alma estrela meu nenhum endereço

capa em veludo, sem data de edição.

Monday, January 08, 2007



A meu favor
Tenho o verde secreto dos teus olhos
Algumas palavras de ódio algumas palavras de amor
O tapete que vai partir para o infinito
Esta noite ou uma noite qualquer

A meu favor
As paredes que insultam devagar
Certo refúgio acima do murmúrio
Que da vida corrente teime em vir
O barco escondido pela folhagem
O jardim onde a aventura recomeça.

regina pessoa + alex o´neill

Thursday, January 04, 2007

i want you

i want you, you, you
all I want is you, you, you
all I want is you
give you the stars above,
sun on the brightest day
give you all my love,
if you would only say
i want you, you, you
all I want is you, you, you
all I want is you

Wednesday, January 03, 2007

cresce-me o outono nos seios de ver as tuas pernas

desenrolarem-se das minhas,num espreguiçar

Tuesday, January 02, 2007

(re)soluções para 07


Throwing the Body into the Fight
(by Raimund Hoghe)

amanha começo aulas com um pintor argentino fora-da-lei + ainda este mês inicio acupuntura + ainda este ano tenho um filho teu.