algo nos uniria para sempre - esse fascínio de nos sentarmos à mesma mesa e revelarmos um ao outro, sem reservas, como nos sentíamos esfomeados, esperarmos, depois, seduzidos por tudo o que acabáramos de escolher, comermos muito juntos, quase como se o fizéssemos pelo mesmo prato, pela mesma boca, e mostrarmos uma estranha satisfação final ao acender um cigarro em silêncio, como depois de ter cometido um pequeno pecado, mas cheio de volúpia."

Maria do Rosário Pedreira
alguns homens, duas mulheres e eu